24.10.11

UM CONTO ENCANTADO

 A PREPARAÇÃO

Rromí, o que seria? 
Tinha mudado desde a conversa com o senhor dos caminhos,
o brilho das nove estrelas era maior e as quatro luas estavam gigantes dentro da minha memória.


Ouvia mais as águas,
pareciam cantos.
Nunca havia reparado nisso antes.


A memória das labaredas e daquela água estranha que escorria dos meus olhos não se afastavam de mim.
Era tanta coisa que eu não poderia esquecer.
Nunca havia me preocupado com isso.
Estranho.
Será que tudo é assim.


Melhor talhar em madeira, não.
Quem sabe forjar no bronze? Vou precisar de fogo.
Não posso esquecer.


( e saiu repetindo e pensando em tudo que havia descoberto e mais, nessa estranha sensação de ser diferente daqueles que sempre conviveu)


Pronto. Ei-la, eis por onde brota a seiva da vida e todas as coisas que são caras a Dhiel.


De repente uma súbita aflição: vou partir, sei que vou, quando volto? não posso esquecer o caminho de casa. Preciso levar a memória de casa comigo.


(sendo assim rromí fez a forja de um símbolo menor e colocou em volta do pescoço, bem no centro do corpo).

Chegava a hora da partida, faltavam poucos raios de sol para que as brumas se encarregasse da travessia.
Rromí não poderia esquecer de nada.
Zerafim

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