8.9.12

SEGUE O OUTRO DIA.




Parecia loucura, sede, fome, alucinação,
nem sei mais como me sinto,
ou se sinto.

Meus pés tocam a terra úmida e não tenho idéia de quanto tempo permaneci curvada.

O medo havia me feito quieta e precisava dar conta dos meus sonhos e da minha realidade.
Aquele barulho me deixava surda.
Aquele cheiro me dava võmito,
aquela estrada parecia não acabar.

Parei em frente a um monte de areia,
que parecia demarcar a minha vida e não tinha forças para passar por ela.
Não sabia mais quase nada, não tinha certeza de quando havia partido.

Apenas a solidão não se esquece,
essa te lembra o tempo todo a tua presença.
A presença do vazio,
do rosto sem face.

Era o barulho do mar,
dentro de mim,
a pulsação da vida...

cuidado,

acabo de chegar.

o ano?

1254 a.c

zerafim


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